Presidente LULA abre a HOSPITALAR - feira
do Grupo Couromoda/ Hair Brasil |
|

A abertura oficial da Hospitalar 2008, realizada na manhã desta terça-feira
(10), reuniu as mais importantes autoridades políticas e setoriais da saúde,
lideradas pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
e pelo Ministro da Saúde, Dr. José Gomes Temporão. Ao lado
da Dra. Waleska Santos, presidente da Hospitalar, eles fizeram a abertura da feira,
marcando a mais importante edição já realizada.
Dra.
Waleska Santos abriu a solenidade destacando que esta 15ª edição
marca um dos momentos mais importantes do setor da saúde em nosso País.
Ela ressaltou que “após muitos anos de investimento e de trabalho
contínuo para consolidar este evento como um marco na área de saúde,
só temos o que comemorar.
“A começar pelo fato de termos quebrado barreiras e contribuído
para uma maior abertura do mercado brasileiro de produtos e equipamentos médicos.
Possibilitando aos hospitais e usuários do sistema de saúde o acesso
universal ao que há de melhor em todo o mundo, acabamos incentivando as
indústrias nacionais a melhorar o seu próprio desempenho. Estas
empresas tornaram-se mais competitivas, buscaram parcerias e joint-ventures que
modernizaram definitivamente a indústria brasileira de produtos e equipamentos
para saúde”, disse.
Em segundo lugar, destacou a Dra. Waleska Santos, há que se comemorar o
saudável crescimento e consolidação da indústria nacional.
“A cada ano este setor supera seus níveis de produção
e participação no mercado interno, ao mesmo tempo em que trilha
caminhos sólidos na exportação. Mas o papel mais importante
que a HOSPITALAR desempenhou nestes 15 anos foi o de aglutinadora de todo um setor,
que estava disperso até o início da década de 90. Ao longo
de suas edições, nossa feira foi ampliando seu arco de influência,
tornando-se um grande fórum de gestão e ponto de encontro daqueles
que decidem e formulam as políticas de saúde no Brasil.”
O futuro da saúde já chegou
Para
Franco Pallamolla, presidente da ABIMO - Associação Brasileira da
Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos,
Hospitalares e de Laboratórios, abrir a 15º feira Hospitalar com a
presença de tantas autoridades, entre elas o Presidente da República,
é a realização de um sonho. “Temos um diálogo
e um tratamento amigo com o Ministério da Saúde. Trabalhamos com
o olho no futuro e para a saúde este futuro já chegou. Somos empreendedores
e trabalhamos para o bem-estar da sociedade. Temos o propósito e a ambição
de fazer mais e melhor e fornecer para o SUS o melhor resultado da pesquisa X
produção. Temos recursos para levar o Brasil ao mais alto patamar
do desenvolvimento da saúde”, declarou Pallamolla.
Saúde responde por 8% do PIB
Dr.
José Carlos de Souza Abrahão, presidente da CNS - Confederação
Nacional de Saúde – ressaltou que esta edição da HOSPITALAR
marca os 15 anos de um evento de referência no Brasil e no mundo e que durante
todos estes anos contribuiu para o desenvolvimento do setor, tornando-se um grande
Fórum mundial da saúde.
Quanto ao desenvolvimento da saúde nos últimos anos, o presidente
da CNS fez uma retrospectiva dos principais acontecimentos que contribuíram
para que o Brasil esteja entre os países de destaque na saúde.
“Completamos 20 anos da criação do SUS, que é um
exemplo de parceria entre União, Estados e Municípios, sendo um
dos modelos de saúde mais avançados do mundo. Também completamos
10 anos da regulamentação do setor Suplementar no país, que
contribui para um melhor relacionamento entre prestadores de serviços e
operadoras e terminamos com o lançamento do PAC da Saúde. O Brasil
é hoje referência mundial em vários setores da saúde.
Vivemos um cenário de crescimento no país, onde o nosso setor é
responsável por 8% do PIB, gera 2,5 milhões de empregos diretos
e 5 milhões indiretos. Com tudo isso vivemos um momento positivo para a
saúde no Brasil, mas vamos continuar persistindo na luta por melhorias
para um setor que ainda tem muito a desbravar”, disse Dr. Abrahão.
Contribuição ao turismo de negócios
O
prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ressaltou que, como outros grandes
eventos que acontecem na cidade, a HOSPITALAR contribui efetivamente para o crescimento
industrial e de serviços no setor da saúde do país e América
Latina. Segundo o prefeito, além de gerar negócios entre as empresas
brasileiras e internacionais, inovar os equipamentos médico-hospitalares
e desenvolver o setor de saúde como um todo, a HOSPITALAR também
é uma grande aliada para o crescimento do Turismo de Negócios na
cidade.
“É através da feira que o setor médico-hospitalar
tem demonstrado a cada edição, mais força, inovação
e crescimento, além de ajudar a manter um dos principais pilares da economia
do município que é o Turismo de Negócios. Essa feira qualifica
a integração e negociação entre a medicina brasileira
e estrangeira e dessa forma gera receita e desenvolvimento para a manutenção
de uma medicina de excelência no Brasil”.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel
Jorge, falou do crescimento da indústria e do comércio nacional,
setores que, segundo ele, são alavancados principalmente pelas feiras de
negócios que acontecem em todo o país, entre elas a HOSPITALAR.
O Ministro anunciou o crescimento de 5,8% no PIB do último trimestre e
de 6,9% na indústria brasileira. “Eventos de negócios, como
a HOSPITALAR, que chega nesta 15ª edição ainda mais forte e
com capacidade para mostrar inovação em equipamentos e serviços,
muito têm contribuído para capacitar e atualizar o empresariado brasileiro
que, por sua vez, passa a ser mais qualificado e competitivo. E vale lembrar que
o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
órgão vinculado ao Ministério, manterá seu importante
papel no financiamentos de projetos e ações que alavanquem o setor
da saúde no Brasil”.
Importância social e inovação
O
ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lembrou que esteve
o ano passado na abertura da HOSPITALAR e que se, naquela ocasião, o desenvolvimento
do setor era uma questão percebida, hoje se destaca de maneira distinta.
Temporão disse que a saúde tem a singularidade de ser uma política
social e, ao mesmo tempo, um templo de inovação e riqueza. “Essa
dualidade é entrelaçada. Conseguimos dentro do Mais Saúde
expandir o Brasil Sorridente, o Farmácia Popular, ampliar o número
de leitos de UTI, construir hospitais, implantar novos sistemas de informação
e melhorar a qualidade de atendimento da população. Com isso produzimos
riquezas, inovação e emprego. Nunca mais vamos ouvir que saúde
é um gasto e sim investimento em todas as escalas."
Para o ministro, a saúde necessita de uma estrutura de financiamento
consolidada e que seja a longo prazo. Ele ressaltou que o programa Mais Saúde,
também conhecido como o PAC da Saúde, está pronto e que a
cadeia produtiva da saúde é prioridade. “O Brasil tem que
fazer um esforço diferenciado. Hoje, por exemplo, há 100% de dependência
de importação de produtos hemoderivados. Temos o brilhante desafio
de convocar os empresários para esta possibilidade: focar em áreas
onde o Brasil pode alavancar. Não queremos apenas produzir e sim internalizar
o processo de inovação tecnológica. E sinto um clima altamente
positivo aqui para isso.”
Orgulho e confiança no crescimento
O
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou a solenidade
de abertura com seu discurso. Lula destacou que pôde ver na HOSPITALAR um
setor que voltou a ter orgulho do que faz e que se propõe a fazer cada
vez mais. Ele afirmou que a indústria da saúde retomou a confiança
e o crescimento, assim como aconteceu com outros setores, como as indústrias
naval, petroleira, calçadista e automobilística. “Lembro como
todos estes estavam chorando e, hoje, o que percebemos são indústrias
que encontram o caminho do crescimento. O Brasil se encontrou consigo mesmo. E
se o Brasil der certo, a América Latina dará certo. A indústria
brasileira pode ser o carro-chefe deste mercado, como ocorria na década
de 70. Temos que recuperar nosso espaço. Falta muito ainda, mas hoje somos
um país em desenvolvimento com viés de alta.”
Lula destacou que o Mais Saúde foi o melhor programa já elaborado
para o setor, mas frustrado pela não prorrogação da CPMF.
“Tínhamos interesse em levar dentistas e oftalmologistas para as
salas de aula, estender o programa Médico da Família para toda rede
pública, recuperar a rede de hospitais, ajudar as Santas Casas. Mas fomos
frustrados”, afirmou o presidente destacando ainda que a proposta de um
bom trabalho é exigência da sociedade.
O presidente finalizou lançando um desafio ao setor: “Se soubermos
investir produzir e ter mais demanda, estaremos fazendo a primeira maior feira
do setor de saúde no mundo. Vamos fazer o Brasil recuperar seu patamar
de desenvolvimento.”
|