Cosméticos exportam 18% mais
em 2003
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O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registrou um aumento
de 18% nas exportações em 2003 comparando com o ano anterior. A
informação é de João Carlos Basílio da Silva,
presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). As exportações
somaram US$ 224,3 milhões em 2003. Com essa cifra, a balança comercial
do setor fechará o ano com um superávit de 80 milhões de
reais, um crescimento de mais de 100% sobre 2002, quando o saldo positivo foi
de 38,4 milhões de dólares.
O desempenho das exportações, explica Basilio,
não está relacionado a nenhuma fórmula
milagrosa, mas a muitas visitas e conversas com países
compradores. Há três anos, a Abihpec começou
a organizar viagens e participações em feiras
internacionais, em parceria com a Agência de Promoção
de Exportações (Apex). No início, apenas
oito empresas participavam das ações, hoje o
grupo é de mais de 120.
Para Basílio, ainda há mais oportunidades.
Só em junho do ano passado, empresas brasileiras estiveram
pela primeira vez na Market Place Conference, uma das maiores
feiras do setor nos Estados Unidos. Para abril deste ano,
já está programada a participação
do Brasil na Middle East Gulf Beauty, um dos eventos mais
importantes do setor no Oriente Médio, realizada em
Dubai. "O que já é um resultado da missão
comercial que fizemos recentemente ao país, acompanhados
do presidente Lula", diz ele.
Entre as empresas que participaram da Market Place, nos Estados
Unidos, estavam a carioca Kanitz e a paulista Mahogany, fabricantes
de produtos de higiene pessoal como loções,
sabonetes líquidos e óleos de banho. Ambas as
empresas já vinham se preparando para fazer uma entrada
conjunta no mercado americano para dividir custos, e encontraram
na feira chances para acertar os últimos detalhes.
"Já tínhamos feito mudanças nas
embalagens dos produtos, entre outras adaptações
necessárias", diz Isabella Salton, gerente de
marketing da Mahogany. "Mas foi na feira que fizemos
um ajuste fino na nossa estratégia, além de
ter conseguido avaliar o potencial absurdo do mercado do país
por meio de encontros com compradores em potencial".
Fonte: Portal Exame, 22 de janeiro
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